domingo, 1 de agosto de 2010
Blind Guardian: No Limite de Tempo Para Novo Álbum
O sucessor do polêmico “A Twist in the Myth” (2006) chega, após quatro anos sem material inédito dos alemães da banda Blind Guardian.
Naquela época, o hiato entre os lançamentos de discos inéditos fora maior ainda, de cinco anos desde “A Night at the Opera” (2001) e o já citado disco de 2006. Além disso, havia a chegada do novo baterista, substituindo o anterior e já lenda dentro do Power Metal Thomas Stauch.
Porém, o novo baterista, o jovem Frederik Ehmke, deu conta do recado. Mas a banda havia construído um som um pouco diferente, expandindo ainda mais sua sonoridade que já havia extrapolado desde o álbum de 2001.
Com uma turnê bastante longa, os caras chegaram ao ano 2010 com novo disco. O single “A Voice in the Dark” (confira resenha aqui no blog) já dava mostras de que a banda estava apostando em um som mais característico, não inovando muito.
Com a chegada de “At the Edge of Time” (lançado dia 30 de julho na Europa) os mestres do Power Metal alemão com certeza agradarão aos fãs do já clássico som rápido, com muitos corais, além daqueles que gostam de algo mais sinfônico, sendo este um disco que usufrui dessa sonoridade.
Obviamente que não podemos esperar aquele som tão épico quanto fora “Nightfall in Middle Earth” (1998), mas também um som não tão “ruidoso” quanto os dois últimos trabalhos. O que quero dizer é que, mesmo a banda estando mantendo seu estilo único de fazer Metal, acrescentando algo sinfônico, o disco beira a simplicidade de trabalhos que os caras realizaram na década de 90, inclusive nos remetendo ao clássico “Imaginations From the Other Side” (1995).
As 10 faixas que compõem o álbum demonstram que a banda ainda tem lenha para queimar e que os quatro anos “parados” serviram, pelo menos, para uma reorganização do som e proposta da banda.
Hansi Kürsch (vocal) está, como sempre, impecável (e agora de cabelos curtos). A dupla de guitarristas André Olbrich e Marcus Siepen mostram que, mesmo não sendo os principais nomes das seis cordas do Power Metal, tem uma química e harmonia que os fazem criar riffs e melodias como poucos são capazes. Frederik, agora mais integrado à banda, mostra que se adaptou perfeitamente ao gênero do grupo, tendo vindo de uma banda Folk Schattentantz.
Mas engana-se quem pensa que só quatro caras compõem os álbuns da banda. Eles contam de longa data do músico Oliver Holzwarth no baixo, gravando-os em estúdio e tocando com a banda, sem ser um membro oficial (!?), coisa que até hoje não sei o motivo. Curioso, aliás, é que ele é irmão do baterista Alex da banda Rhapsody of Fire.
Também tocam com a banda o tecladista Michael Schuren, tanto no estúdio quanto ao vivo. E os corais, que são os pontos altos das músicas da banda, contam com um time de 4 cantores que formam time junto ao resto da banda, sendo que ao vivo os vocais ficam por conta dos demais integrantes (excetuando Frederik).
Voltando ás músicas, o disco saiu em edição limitada dupla. No disco extra, são seis faixas com músicas do álbum em versões demo ou em pré-produção, bem coisa para fã e colecionador mesmo. O destaque desse CD fica por conta da versão orquestrada de “Wheel of Time”, uma das melhores músicas do disco.
Aliás, o álbum em si, possui mais e 66 minutos, aproximando-o dos maiores lançamentos da banda. Destaques para todas as faixas, especialmente “Sacred Worlds” que inicia o dsico e ao longo de seus quase 10 minutos, traz muita sinfonia e peso. Grande música! Também “Tanelord (Into the Void)” impressiona, sendo uma que nos remete aos anos 90 da banda. Assim também acontece com “Ride Into Obsession”. “A Voice in the dark”, mesma versão do single, também é destaque.
Mas com certeza quem conhece a banda estará se perguntando onde estarão as baladas da banda, afinal, foi ela que criou verdadeiros hinos bardos como “A Past and Future Secret” e “The Bard’s Song”. Aqui os alemães colocam toda a emoção e criatividade nas músicas “War Of The Thrones” (também presente no single), que é muito bela, assim como “Curse My Name”, que com certeza concorre à título de uma das mais épicas e “bardas” músicas do grupo. Muito linda.
Enfim, mais uma acertada do Blind Guardian. Devo dizer que um dsico muito superior ao seu anterior, mais característico da banda do seu auge, além de ousarem em certos momentos implementando mais sinfonias.
“At the edge of Time” é forte concorrente à um dos melhores discos do ano, ano de 2010 que também está marcando a volta de vários grupos com materiais inéditos. Que as demias bandas de Power Metal se curvem, pois os Mestres Bardos stão de volta.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Ficha Técnica
Banda: Blind Guardian
Álbum: At the Edge of Time
Ano: 2010
País: Alemanha
Tipo: Power Metal
Formação
Hansi Kürsch (Vocal)
André Olbrich (Guitarra)
Marcus Siepen (Guitarra)
Frederik Ehmke (Bateria)
Músicos convidados
Oliver Holzwarth (Baixo)
Michael Schuren (Teclados)
Tracklist CD 1
1. Sacred Worlds
2. Tanelorn (Into The Void)
3. Road Of No Release
4. Ride Into Obsession
5. Curse My Name
6. Valkyries
7. Control The Divine
8. War Of The Thrones
9. A Voice In The Dark
10. Wheel Of Time
Tracklist CD 2
1. Sacred Worlds (Versão Extendida)
2. Wheel Of Time (Versão Orquestrada)
3. Youre The Voice (Edição Rádio)
4. Tanelorn (Into The Void) (Versão Demo)
5. Curse My Name (Versão Demo)
6. A Voice In The Dark (Versão Demo)
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Um comentário:
Du CARALHO !!!! Esta banda é Foda!
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