domingo, 5 de setembro de 2010

Entrevista: Michael Polchowicz Adianta Detalhes Sobre o Debut da Venus Attack


Após conquistar um lugar de destaque no cenário metálico, não só aqui no Brasil, como no exterior, a frente do Hangar, o vocalista e compositor Michael Polchowicz, após sua saída da banda, esteve afastado da cena, porém, ano passado com a formação da Venus Attack, o frontman está voltando com tudo e nos adianta vários detalhes do debut de sua nova empreitada e mais alguns detalhes de sua carreira!

1)Conte pra gente como estão os trabalhos com a Venus Attack, já possuem quantas músicas encaminhadas, têm alguma previsão quanto a lançamento do primeiro cd?

Mike: Bem, primeiramente mandar um olá para os leitores do blog e parabenizar o amigo repórter que vem fazendo um excelente trabalho em prol do rock´ n´ roll na região Sul.
Ok! Venus Attack! Estou bastante empolgado com esta minha nova empreitada, tenho bastante afinidade com os músicos. E o legal é que eles captam as minhas idéias facilitando o trabalho. Nos primeiros meses eu era uma máquina de compor. Em menos de 3 meses já tínhamos 10 musicas, que ao longo de 1 ano, tocando, ensaiando, fomos aperfeiçoando-as até chegar em um ponto onde achamos que estavam prontas para serem gravadas. E é o que estamos fazendo neste momento: gravando!
Mas como cada um dos integrantes, tem seus compromissos fora da banda, não podemos nos enfiar dentro de um estúdio e gravar tudo de uma vez. Por exemplo: eu canto com a OSPA, e nestes últimos 2 meses o trabalho tem sido intenso. Mas não se preocupem porque enquanto um está cuidando de seus compromissos, alguém esta trabalhando nas músicas da Venus Attack! Hehe!!! O Renato já está terminando de gravar as baterias.
E quanto ao lançamento... Apesar dos compromissos de cada um, temos um planejamento de finalizar as gravações, no máximo em Dezembro e assim que concluirmos, o lançamento do álbum vai ser quase que imediato.
Mas para amenizar a espera dos fãs, vamos lançar mais um single! A música já esta toda gravada, assim que terminar as mixagens ,vamos lançar a música e junto o MySpace Oficial da banda.



2)Como você definiria o som da banda, a gente tem aí a S.O.S. de amostra, mas o que mais podemos esperar da Venus?

Mike: Pois é! A S.O.S. tem uma pegada oitentista com um toque moderno e uma temática que faz um alerta para as catástrofes ambientais, que foram desencadeadas pelas ações do homem.
Mas cada música da Venus tem sua característica. No momento em que estávamos compondo não planejamos seguir uma linha de sonoridade. Fomos compondo de acordo com o que estávamos sentindo.
Sempre penso no álbum “The Real Thing” do “Faith No More”, que é um disco maravilhoso, onde cada música tem uma sonoridade diferente e quase todas são muito boas.
As músicas da Venus, eu posso dizer que estão mais ou menos assim. Quando lançarmos o novo single, vocês já notarão que é bem diferente da S.O.S. Até na temática!
Não posso garantir que as músicas da Venus Attack agradem a todos, mas posso garantir que foram feitas com sinceridade.


3)Após sua saída do Hangar, você acabou se afastando um pouco da cena, chegou também a iniciar o Artheria, que acabou não seguindo adiante. Como foi esse tempo fora, que projetos você desenvolveu, porque o Artheria não vingou e como surgiu o Venus Attack?

Mike: Depois que deixei o Hangar eu me dediquei aos estudos, ao meu aperfeiçoamento como cantor, músico e professor. Segui fazendo concertos com a OSPA.
Iniciei o projeto Artheria, mas por problemas financeiros não deu para seguir a diante. Faltaram investidores. E também a época que iniciamos o projeto, a economia não estava passando por uma fase boa... Sei lá! Eu fico procurando explicações, de o porquê o Artheria não deu certo... Depois acabou que, eu e os demais integrantes do projeto perdemos o interesse.
A Venus Attack foi o seguinte: Eu e o Jairo estávamos planejando montar uma banda, só que de covers, e nesse meio tempo começou a rolar uma repercussão em torno do meu nome, quando o Nando Fernades saiu do Hangar. E isto fez com que mudássemos de idéia e montar uma banda de músicas autorais e de metal. Então surge a Venus Attack.


4)Recentemente você participou de um show da "Infallible Tour" do Hangar, conte aí como foi a sensação de subir com a banda no palco novamente?

Mike: Ah! Foi legal! Reviver os velhos tempos! Ver o olhar emocionado do Nando Mello, o sorriso do Aquiles, foi muito legal! Agitar em cima do palco junto o Martinez, o Fábio... Parecia que eu nunca havia deixado a banda. Mas o Humberto cantou junto, e foi muito “massa”. Assim que cheguei para passar o som, pela tarde, antes do show, combinamos como iríamos dividir os vocais e foi bem tranqüilo, não rolou nenhum clima chato. E posso dizer que o cara é uma pessoa fantástica! Ficamos bem amigos! Todos que me conhecem, sabem que sou um cara bem humorado e o Humberto também. Então ficou “tudo em casa”! Ficamos bem à vontade cantando juntos.
E também ver alguns fãs, com os olhos cheios de lágrimas, foi muito emocionante. A galera gritando o meu nome... Foram tantos momentos legais...


5)Muitos comentam que gostaria de ver você num projeto mais Hard Rock Melódico, AOR, que sua voz é perfeita para esse tipo de som, sendo que você gravou com o Hangar uma versão para "Ask the Lonely" do Journey e você também fez parte de uma banda tributo, a Journey's Night. O que você acha disso e se pretende fazer algo do gênero?

Mike: Eu curto Journey! É uma das minhas principais influências como músico. Gosto de escutar algumas bandas de Hard Rock. Mas desde a minha adolescência eu queria fazer músicas mais pesadas, mesmo que algumas pessoas achem que eu não tenha um tipo de voz tão apropriado. E sinceramente, acho que a forma de interpretar é o que conta. Se um cantor for bom, ele passará o que a música necessita: agressividade, tristeza, alegria, enfim... Para mim, a música, a arte em geral, é ilimitada! Todos estão aptos a cantar o que quiserem! E consigo cantar agressivamente, do meu jeito. E não quero soar parecido com este ou aquele cantor. Porque tenho a minha forma de cantar e interpretar de acordo com a minha voz!
Hoje em dia eu vejo a música de outra forma, eu não consigo rotular. Eu vejo musicas que gosto e que não gosto. Porque, nem sempre o que é bom para mim, será para outra pessoa. Até fico pensando sobre aquelas pessoas que escrevem sobre a arte. Que criticam os álbuns das bandas, as músicas, filmes e etc. Acho que não deveriam existir críticos de música ou da arte em geral. Porque isto vai do gosto pessoal de cada um. Assim como cerveja! Eu gosto de determinada marca, tu gosta de outra e acha que a que eu bebo é ruim, e por aí vai... Agora descrever, é uma coisa totalmente diferente de criticar e adicionar o seu gosto pessoal em uma resenha. Críticas, devemos fazer para quem vende drogas, políticos corruptos... Não para o cara que só esta tentando expressar o que está sentindo através da arte. Whatever... Este assunto daria páginas... E por enquanto não estou pensando em montar um projeto Hard Rock.




6)Voltando ao Venus Attack, como está a repercussão a respeito desse início de trabalho? Até porque a banda tem figuras conhecidas da cena aqui do sul e você também deixou vários fãs pelo Brasil, Nordeste, por exemplo. Há pouco tempo passei informações sobre a Venus para fãs seus no nordeste da época do Hangar.

Mike: Pois é! A repercussão esta maior do que eu esperava! É que no período que fiquei afastado da cena, eu não tinha a noção da minha importância para o heavy metal. Sabia que tinha alguns fãs e tal... E com os álbuns do Hangar tendo sido lançados na Europa e Japão, isto acabou agregando fãs de fora do país também. Mas eu estava em outro mundo, cantando concertos com a OSPA sob a regência dos grandes maestros Issac Karabtchevsky e Manfredo Schmidt, fiquei totalmente sem saber o que estava acontecendo com o heavy metal. Só sabia o que alguns amigos comentavam.
Então quando o Nando Fernades deixou o Hangar, recebi muitas, mas muitas mensagens de fãs brasileiros e estrangeiros pedindo para que eu retornasse para a banda. Foi aí que percebi que esta galera gostaria de me ver cantando metal de novo. E a saudade de sentir aquela energia começou a bater... Mas quando a Venus Attack lançou a S.O.S., pude ter uma noção melhor da coisa toda! E cara! Posso te dizer uma coisa: fiquei impressionado! Porque sou um cara simples, converso com todo mundo respondo e-mails, vivo brincando com os amigos, gosto de andar de bicicleta, caminhar pelas ruas... Então percebi a responsabilidade que tenho para com estas pessoas. E vou tentar fazer o meu melhor para mostrar um trabalho satisfatório para esta galera que gosta de mim.


7)Fica o espaço para sua mensagem aos leitores e esperamos em breve estar fazendo uma entrevista completa no lançamento do debut da Venus Attack! Sucesso amigo!

Mike: Quero agradecer aos leitores e aos fãs, principalmente, por me apoiarem durante a minha carreira com o Hangar e agora com a Venus Attack. E espero que gostem do álbum, quando for lançado.


MYSPACE MIKE

Um comentário:

Luiz Carlos disse...

com certeza é um trabalho esperado ansiosamente