quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Resenha de Shows: 4º Porão do Rock Com Bons Shows Apesar do Péssimo Som


Fiquei pensando entre fazer a resenha do festival Porão do Rock, ocorrido em Cruz Alta/RS no último sábado dia 11 de setembro, ou apenas deixar passar e não comentar aqui nada.

Decidi que seria injusto com os leitores do blog, bem como com as bandas que se apresentaram lá.



Nunca estivera numa edição do festival, esse que é esperado pela cidade e região, e resolvi dar uma conferida (e buscando um pouco de diversão, porque só estudar não rola).

O ginásio municipal me pareceu uma boa escolha, e a organização fechou metade da quadra para o público, até para a galera ficar mais próxima do palco (e mais visível aos olhos).



Um ótimo público compareceu (cerca de 600 pessoas), fazendo jus ao nome do festival. Pessoas de várias cidades do estado estavam lá para prestigiar as bandas.

A primeira a subir ao palco foi a Sastras, de Butiá. Executando alguns covers e 4 músicas próprias (destaque especial para “Albatróz”), o grupo desenvolveu bem seu Power Metal, com destaque ao baterista Thiago Batistti e à bela vocalista Nathy Pfütze que cantou clássicos, como “Cemetery Gates” (Pantera) e “Aces High” (Iron Maiden), embora nessa última teria sido melhor que o grupo nem tivesse executado, devido à algumas “falhas” (mas valeu pra galera se divertir). O grupo mostra que dá para cantar Metal em português e esperamos que ouçamos falar mais da banda em breve.



Após, Desordem Mental sobe para colocar abaixo o ginásio com o Death/Thrash Metal que já é conhecido por muitas pessoas na região. A banda é de Catuípe e empolgou quem esperava por um som mais pesado. O único problema foi a corda de guitarra que rebentou e demorou para ser reposta (sugestão a banda e a qualquer outra: leve cordas reservas).

A banda local Aeroplane levou muitos “amigos” para acompanharem o show. Particularmente, não me agradou em nada, mas mais pelo gosto pessoal do que pela qualidade (ou falta dela) da galera “teen age”. Dava para se ouvir, em certos locais do ginásio algumas vaias e o pedido pelas bandas de Rock e Metal, então a definição do grupo como de Rock Gaúcho não bastou para sossegar os ânimos da galera. Queimou o filme com os roqueiros mais radicais o grande número de “emos” (ou afins) que foram para ver a banda. Mas enfim, o melhor ainda estava por vir.



Para trazer o Heavy Metal a tona novamente, a Steel de Canoas iniciou com a abertura utilizada pelo Metallica nos shows. Mas enganou a galera ao começar executando a já clássica e grande “Killing Ground”, dos ingleses do Saxon. Confesso que não esperava ver algum grupo arriscando tocar Saxon.

O grande problema começou com o som. Na verdade, o som das demais bandas já apresentava problemas. Porém, com a Steel, chegou ao absurdo: a caixa da bateria de Nicolas estava tão alta que parecia desafinada, o vocal de Marcelo dava muita interferência e alto pra caramba e a guitarra de William quase que totalmente inaudível. Uma verdadeira porcaria.



O grupo, na honra, seguiu em frente. Muitos eram as pessoas que foram até os “engenheiros de som” reclamar e dar sugestões, mas nada mudou. O grupo executou mais alguns clássicos, como Iced Earth e mais Saxon, para também executar duas faixas próprias. Infelizmente, muito prejudicadas, não podemos ter uma real dimensão da qualidade das composições dos caras da Steel. Porém, na primeira delas, consegui identificar traços que a farão pegar a galera de vez.

Para mim, o melhor show da noite, mas que foi totalmente prejudicado pelo péssimo som. Mas bola pra frente.



A banda seguinte é mais uma representante da cidade. A Arquivo Oculto executou bem seu Rock ‘n Roll básico, assim como a Melhor de Três da cidade de Ibirubá.

A Hard Stones de Feliz apostou mais nos velhos clássicos, executando desde Deep Purple a Lynyrd Skynyrd, agitando a galera que estava mais afim de um som “das antigas”.

Voltando ao Metal, Vakan de Santa Maria sobe ao palco e, à exemplo das demais bandas, sofre demais com o som. Mas, mesmo assim, focaram em clássicos do Judas Priest, Manowar, Queensÿrche (“Silent Lucidity” teria sido perfeita com um som melhor), Dio (não podia faltar uma homenagem ao Mestre) e Blind Guardian com a clássica “Valhalla” para encerrar a 4 Edição do Porão do Rock. O grupo apresentou uma composição própria, a boa “Under a Lie” (que segundo a banda está em vias de gravação), e uma versão que poderia ter ficado de fora para “The Prisioner” (Iron Maiden), talvez a banda devesse deixar a canção de fora ou ensaiá-la mais.



Além do problema da organização em termos de som (única coisa que pecou, mas que é muito mais que um detalhe), a banda Jack Lanner não se apresentou por falta de caixa e pedal de bateria (que segundo a organização as demais bandas trouxeram) e a Anônima chegou a passar o som na tarde, mas foi para o hotel e não retornou (segundo a organização do festival).

Que me desculpe a organização, que pelo amor ao Rock organizou mais uma edição do festival, nos proporcionando rever amigos de todo o estado (e em todos os estados) e diversão, mas infelizmente é necessário que as próximas edições não mostre essa grande falha no som, pois um evento musical pode até pecar em várias coisas, mas nunca no som. Seguimos em frente.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Fotos: Perfil do Orkut do Festival e das bandas

Um comentário:

Steel disse...

Nos que temos muito que agradecer pela palavras da equipe Road to Metal, são esses tipos de críticas que fazem a Steel ter vontade de tocar. Valeu EddieHead pela força, podem contar sempre com a Steel, vamos fazer essa parceria!
Fique por dentro do nosso blog que em breve divulgaremos a nossa primeira gravação!!!
Abração e muito heavy metal!