terça-feira, 12 de julho de 2011

Acertando os Pontos: In Flames Não Sentindo a Mudança de Formação


Já falamos aqui várias vezes da grande cena sueca. Não é preciso repetir que, de maneira geral, é o país por excelência quando o assunto é Death Metal dito melódico.

Obviamente que bandas como Soilwork e In Flames já não mais se encaixam nesse rótulo, há muito deixaram de lado a sonoridade Death Metal e, com isso, criaram um som próprio, flertando com o New Metal/Alternativo, mas sem esquecer do riffs pesados e alguns solos de guitarra.

No caso do In Flames, talvez a banda mais bem sucedida dessa geração, os anos 2000 foram de uma ascensão incrível, já sendo referência mundial no gênero.

O vocalista Anders lidera a banda em cima do palco

Porém, como tudo que expande demais, eles acabaram se contraindo, lançando dois discos que, mesmo tendo agradado, não conseguiram marcar como os clássicos “Clayman” (2000), “Reroute to Remain” (2002) e “Soundtrack to Your Scape” (2004).

Nesse contexto de sucesso e relativa “queda”, uma mudança de formação jamais imaginada ocorreu. A saída do principal compositor e líder da banda (e também único remanescente da formação original), o guitarrista Jesper Strömblad ano passado colocou em dúvida sobre o futuro da banda que, não cogitando encerrar as atividades (nem teriam motivos para isso), mas com a grande responsabilidade de apresentar um substituto à altura (ou que pelo menos “engane”) e um disco melhor que seu antecessor “A Sense of Purpose” (2008).

E não é que os caras conseguiram acertar os pontos? O quarteto remanescente Anders Fríden (vocal), Björ Gelotte (guitarra), Peters Iwers (baixo) e Daniel Svensson (bateria) reencontrou em Niclas Engelin (tocou na banda nos anos 90) o cara para ocupar essa vaga que, aparentemente, duraria tanto tempo quanto a banda.

Mas o principal de tudo, claro, é o som que os suecos nos apresentam em “Sounds Of A Playground Fading” (2011), disco que, em toda a carreira da banda, teve seu hiato maior em relação ao antecessor (foram três anos de espera).

E o que temos aqui? Aquele mesmo In Flames que criou músicas clássicas como “Only For the Weak”, “Pinball Map”, “Trigger” e “The Quiet Place”, mas, certamente, com novos elementos mais presentes, como batidas eletrônicas (curta a experimental “Jester’s Door), baladas (a bela “Liberation”, que sempre me faz pensar numa certa pessoa, rs) e, claro, aquela mescla perfeita de peso e melodia (“A New Dawn” faz uso lindo de violinos), além do clima energético e rápido, como na música de trabalho “Deliver Us” (com um inusitado vídeo clipe).

O vocal de fácil reconhecimento de Anders Fríden contrasta muito bem com as melodias da dupla de guitarristas Gelotte e Engelin, o peso é mantido sobretudo pelo trabalho do baterista Svensson e do baixista Iwers, que se garantem nos seus postos.

De modo geral, um grande trabalho do In Flames (e também de Dave Correia, autor da capa) que, diante das apostas de fracasso eminente, conseguiram dar a volta por cima e oferecer ao mundo seu melhor álbum dos últimos 6 anos e um dos grandes trabalhos de toda carreira.


Stay on the Road


Texto: Eduardo Cadore

Fotos: Divulgação


Ficha Técnica

Banda: In Flames

Álbum: Sounds Of A Playground Fading

Ano: 2011

País: Suécia

Tipo: Death Metal Melódico/Metal Alternativo

Selo: Century Media


Formação

Anders Fríden (Vocal)

Björ Gelotte (Guitarra)

Peters Iwers (Baixo)

Daniel Svensson (Bateria)

Niclas Engelin (Guitarra)


Tracklist

1. Sounds Of a Playground Fading
2. Deliver Us
3. All For Me
4. The Puzzle
5. Fear Is The Weakness
6. Where The Dead Ships Dwell
7. The Attic
8. Darker Times
9. Ropes
10. Enter Tragedy
11. Jester’s Door
12. A New Dawn
13. Liberation

Assista o vídeo de “Deliver Us”

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