3º edição do festival reúne grande snomes do underground nacional |
Fomos gentilmente recebidos nesse evento que já está na sua terceira edição, sentindo-me extremamente bem atendida pelo organizador Flávio da Horda Torqverem e deixo de antemão os agradecimentos.
Começamos a “saga” com a chegada na Fofinho. Com o cast dessa terceira edição estava matadora, estava ansiosa para conferir pessoalmente cada uma das bandas. Acompanhe com expectativa.
Terminado o show de abertura, pude conferir mais de perto na parte inferior do local (o palco fica localizado na parte de cima) dos materiais à venda e bati um papo informal com alguns expositores como o Chris da Criminal Records e constatei um fato interessante: estamos tendo uma qualidade muito grande de material nacional (CDs, LPs, camisetas, DVDs, fitas K7 e etc.) à disposição. Fiquei sem saber o que adquirir devido à quantia de expositores. Mas vale ressaltar que hoje em dia graças ao esforço de vários guerreiros estamos tendo muito mais facilidade para termos acesso aos materiais.
Público prestigiando desde a primeira banda |
No palco entra em poucos minutos, após problemas nos teclados, a banda Eternal Sacrifice (BA) com seu Black Metal furioso. Naberius (vocal) trouxe com seus urros e gutural o público da casa mais próximo do palco para conferir sua apresentação teatral. Show completamente bem estruturado e nota-se que as quase duas décadas de estrada fizeram muito bem para a banda. Procurem conferir a discografia da banda e comprovem por si mesmos.
E quando começou a terceira banda tive o sentimento de estar abrindo o sétimo portal para o inferno... Entra no palco a banda Mythological Cold Towers (SP), veterana banda que iniciou suas atividades em 1994.
Já estabelecida dentro do underground e mesmo sentindo nitidamente uma mudança no estilo musical da mesma (ouçam “Sphere of Nebaddon”, álbum de 1996 e comprovem por si mesmos) notei com bons olhos o refinamento das músicas do álbum “Immemorial” (2011).
Em muitos momentos a camada densa me lembrou Paradise Lost e My Dying Bride. O Show foi basicamente calcado no “Immemorial”. Aprovado! Instrumental fantástico.
Lendário grupo Baiano Headhunter D.C. divulgou seu novo álbum |
Agora entrando novamente na fúria subi ao palco para acompanhar na íntegra e mais de perto o show de uma das lendas do Metal extremo nacional: Headhunter D.C. (BA).
Com vinte cinco anos de estrada e álbuns sensacionais como “Born... Suffer... Die” (1991), “...And the Sky Turns to Black...(The Dark Ages Has Come)” (2000); os “caçadores de cabeças” entram no palco ao som da intro cavernosa “Funeral March” e já emendam com “Dawn of Heresy”. O caos estava instalado e muitas cabeças balançavam na velocidade máxima... Baloff (vocal) deu uma aula de simpatia e postura mostrando o porquê da banda hoje com seu novo álbum lançado (“In The Unholy Mourning”, deste ano) continuar sendo referência de qualidade no Metal extremo brasileiro.
O encerramento veio com o já proclamado hino do novo álbum “Hail the Metal of Death”. Nessa hora tive a certeza que saíram do palco com a missão cumprida.
Headhunter D.C. |
A única ressalva da noite ficou pelo fato de não só eu, como muitos colegas de imprensa, terem ido embora devido ao horário da apresentação da última banda, Patria (RS); mas pelos comentários que obtive de amigos e amigas presentes no show, a banda fez um set coeso e trouxe amostras de ódio e misantropia com hinos presentes nos seus álbuns já lançados “Hynms of Victory and Death” (2009), “Sovereign Misantropy” (2010) e “Liturgia Haeresis” (2011).
De modo geral, estou satisfeita com o andor do festival e espero poder acompanhar mais de perto a grande e profana celebração do caótico underground brasileiro.
Hail the Metal of Death!
Texto: Fernanda Nascimento
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Road to Metal
Bandas:
Headhunter D.C. (BA)
Mythological Cold Towers (SP)
Eternal Sacrifice (BA)
Eminent Shadow (DF)
Patria (RS)
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