Sem dúvida um dos mais
respeitados vocalistas do Metal Sul Americano, Adrian Barilari já é uma lenda,
com sua voz potente e marcante, performance de palco elétrica, sempre disposto
a dar tudo de si para seu público, começando desde muito cedo na música, vindo
a integrar uma das maiores bandas de Metal da América, o Rata Blanca, com o
qual lançou álbuns como o clássico "Magos Espadas Y Rosas" (até hoje um dos discos mais vendidos de Metal na América Latina), tendo um
hiato (saiu da banda em 93, retornando em 2.000), porém retornando a banda, sendo difícil imaginar o Rata sem sua voz.
Sucesso no Rata Blanca e também em
sua carreira solo, tendo lançado recentemente "Barilari 4", álbum o
qual considera o mais completo de sua carreira. Conversamos com Adrian a
respeito do novo disco, sobre o Rata Blanca, sua carreira solo e mais, confira
a seguir!
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RtM: Adrian, gostaríamos de agradecer pela entrevista exclusiva, e gostaria que nos contasse um pouco sobre seu mais novo trabalho solo, "Barilari 4", que está ainda mais pesado e agregando elementos da música eletrônica.
AB: Olá, como você está? obrigado pela entrevista. B.4 é minha ultima produção é o que tem me ocupado na minha carreira e é o álbum que realmente estava esperando conseguir lançar, tem de tudo, desde industrial para alternativas, baladas, músicas, acima de tudo, muita música, acho que é o CD mais musical da minha carreira, é o álbum que me identifica e consolida finalmente.
RtM: Em seu novo disco "4" e "Abuso de Poder" você trouxe uma roupagem mais pesada e moderna. Vamos ver o Barilari mais clássico somente nos discos do Rata Blanca? Esta seria uma maneira de diferenciar seu trabalho das duas bandas? Isto é, no Rata Blanca Walter é o compositor principal, e a banda já tem seu som característico, e você em sua banda solo, você tem mais liberdade para experimentar novos caminhos?
AB: Exatamente isso, o Rata tem um estilo muito distinto, e funciona melhor deste modo, mas no meu caso, posso trabalhar com mais liberdade, sendo que tudo da minha carreira solo 80% passa por mim, então tento me diferenciar e fazer algo próprio.
RtM: Ainda com relação ao seu novo álbum "Barilari 4", quais as diferenças principais que você apontaria entre ele e os demais lançamentos de sua carreira solo?
RtM: Ainda com relação ao seu novo álbum "Barilari 4", quais as diferenças principais que você apontaria entre ele e os demais lançamentos de sua carreira solo?
AB: Como eu disse antes, cada disco é diferente um do outro, não me repito, eu tento ser eu mesmo, a minha carreira é baseada em músicas que as pessoas podem se lembrar, e contar histórias quase próprias, B4 é a essência da Barilari é a amostra de 12 anos de carreira solo mostrando o que eu sou.
RtM: O álbum "Canciones Doradas", como surgiu a ideia de seu segundo álbum ser dedicado somente a "covers". Eu particularmente gostei muito do álbum, e o mesmo seguiu muito bem recebido! Mas você não temeu que os fãs não poderiam aceita-lo muito bem, depois de seu primeiro trabalho ter sido dedicado ao Metal clássico e melódico?
AB: Há muito tempo eu aprendi a ser eu mesmo, eu acho que não há melhor coisa do que ser verdadeiro e real, não ter de vender às pessoas o que as pessoas querem, tem de ter personalidade e ser o que é, eu sou um cantor e eu amo o que faço, primeiro a música tem que me agradar, se depois as pessoas gostarem, melhor, mas você pode não cativar a todos com um disco. Primeiro eu faço o que eu gosto e sinto, senão seria muito falso, e o que eu gosto em minha música é que a ouço através dos anos e continuo gostando, o público tem o direito de escolher.
RtM: Em 1993 você deixou o Rata Blanca, pois o guitarrista Walter Giardino queria levar o som da banda para algo mais pesado, porém você discordou da ideia e logo em seguida gravou com a banda Alianza, porém o que podemos notar nos seus dois últimos álbuns de estúdio que ambos soam bem pesados, o que mudou de lá para cá? E sobre sua primeira saída do Rata Blanca, você sentiu que foi o certo a fazer?
AB: Não foi só por causa da parte musical que saí do Rata naquele tempo, haviam outras coisas .... O Alianza foi o verdadeiro começo de conhecer o mercado musical e seu funcionamento, aprender a língua do negócio da música, isto nos ajudou muito. E quanto a sonoridade, eu acho que é chamado de evolução, eu sou um buscador de sons modernos, eu gosto de explorar e incorporar, não ser preso em uma forma musical, seria chato. E sobre a saída do Rata, só queria sair daquele turbilhão que me cercava, por isso ocorreu minha saída.
RtM: Em 2003 quando você já tinha retornado ao Rata Blanca, você deu inicio a sua carreira solo, onde gravou o álbum "Barilari" com a participação de vários músicos conhecidos da cena Metal mundial como o tecladista Jens Johansson (Stratovarius), o guitarrista Emppu Vuorinen e o baterista Jukka Nevalainen ambos do Nightwish. Conte-nos como surgiu a oportunidade de gravar o álbum com esses músicos, sendo que até hoje é considerado o seu melhor trabalho.
AB: Primeiro, eu diria que a produção é, talvez, a mais importante da minha carreira, pelos convidados e pela aposta, mas eu duvido que seja o meu melhor trabalho... Tudo começou quando Walter me convidou para integrar o Temple, em 2000 (N. do R.: Projeto solo do guitarrista Walter Giardino, do Rata Blanca, que tem até agora um álbum, lançado em 98), e ao mesmo tempo, eu recebi um convite para gravar o meu primeiro álbum solo e tendo em conta o que se oferecia, não tive dúvidas em começar uma carreira paralela.
Uma empresa de produção local foi quem veio com a ideia e eu aceitei feliz por ter essa oportunidade. Foi um disco difícil em sua concepção e gravação, foi feito em vários países e foi durante a depressão na Argentina, em 2001, o que quase fez abortar o projeto, mas, por sorte, conseguimos dar continuidade a produção, se bem que não teve a divulgação esperada, sei que o tempo fez o que a mídia não fez.
Uma empresa de produção local foi quem veio com a ideia e eu aceitei feliz por ter essa oportunidade. Foi um disco difícil em sua concepção e gravação, foi feito em vários países e foi durante a depressão na Argentina, em 2001, o que quase fez abortar o projeto, mas, por sorte, conseguimos dar continuidade a produção, se bem que não teve a divulgação esperada, sei que o tempo fez o que a mídia não fez.
RtM: O álbum "Barilari" além de ter sido lançado em espanhol, o mesmo também ganhou uma versão em inglês, onde foi distribuído em vários países, como surgiu esta ideia? E em relação aos trabalhos posteriores você já pensou em regrava-los para o inglês?
AB: Isso foi algo a contra gosto, infelizmente estava no contrato foi global e incluía no pacote a gravação em Inglês, o que eu não pude evitar, não foi algo certo, já que eu não gosto de cantar em Inglês e acho que isso é evidente, e eu não penso em fazer isso nos trabalhos posteriores.
RtM: Eu me lembro de ler sua biografia em que sua mãe queria que você aprendesse a tocar acordeão! Você poderia falar um pouco sobre como começou na música e como você optou em ser um cantor?
AB: Sempre fui cantor desde pequeno, veio comigo, meu avô era cantor de ópera, e isso passou pra mim, minha mãe queria que eu estudasse um instrumento, e veio com um acordeão, algo que eu odiava, então não durou, e comecei a tocar guitarra, depois meu irmão mais velho tinha uma banda, então me metia nos ensaios, sempre estive metido na música desde muito cedo, sempre cantando o tempo todo...
RtM: Ainda falando de "Barilari" o mesmo apresenta uma das composições mais belas de toda sua carreira "Recuerdo en la piel" o que você poderia nos contar sobre está balada, que se tornou obrigatória em seus shows?
AB: Wow! Eu não sabia que era a música preferida do público, eu sempre achei que era " Verte Sonreir", jpa que o público a canta, mas tanto uma quanto a outra, são canções sobre o amor, e eu me identifico com baladas de Rock, é o meu forte nos shows ao vivo, as pessoas sentem muito a minha interpretação...
RtM: E como é a cena musical na Argentina? Principalmente a cena Rock e Metal, porque em tempos de instabilidade econômica, tudo é mais complicado. Como é a demanda para shows, vendas de discos e as condições para gravar e lançar novas obras?
AB: Não é nada fácil pelo menos para nós, é muito facil para os visitantes,hahahaha... Na verdade, daqui alguns dias teremos o show do Kiss, estamos sendo invadidos pelas bandas internacionais, por sorte temos uma base muito forte e podemos tocar pelo mundo, porém quando tem que lançar um CD as coisas mudam, pois o custo é muito elevado, é um momento difícil para vendas de CD's, as industrias fonográficas estão com problemas e não sabem como solucionar.
RtM: Se tratando de shows, quando teremos a honra de te-lo em terras brasileiras? Seja solo ou com o Rata Blanca.
AB: Quando os empresários de seu país se interessarem, dai certamente iremos visita-los, mas pelo que vejo os brasileiros não se interessam pelo Rock em espanhol...
RtM: Para finalizar, gostaríamos de agradecer pela atenção, e se desejar deixa uma mensagem aos leitores do Road to Metal e aos seus fãs brasileiros.
AB: Obrigado pela divulgação e interesse, quisera eu poder visitar seu país, quem sabe ainda role alguma oportunidade, como aconteceu com o Rata em 91, e levar o nosso som a todos os nossos fãs do Brasil!
Obrigado Road to Metal!
Por: Renato Sanson
Colaborou: Carlos Garcia
Por: Renato Sanson
Colaborou: Carlos Garcia
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