sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

arK Quebrando a Barreira do Tempo


É sempre interessante irmos de encontro a obras de arte que nos remetem a um passado não vivido, mas lembrado. E tais obras tem nessa quebra da barreira do tempo sua principal arma para nos capturar.



Tendo sido chamado a atenção pela forma como o nome da banda é grafado e sabendo da existência de um grupo de Power Metal com o mesmo nome (Ark que contou num período com os vocais de Jorn Lande), conheci a banda arK que aqui trago para nossos leitores.

Relativamente difícil de se obter na internet informações precisas sobre a banda (confira links no final da matéria), sabemos que o grupo ficou 18 anos sem lançar material inédito até neste ano sair o álbum “Wild Untamed Imaginings” (2010), que traz o som característico do grupo desde sempre, que é o Rock Progressivo, com alguns elementos proporcionados pela tecnologia atual.



A banda surgiu em 1985, uma década após o auge do rock Progressivo, mas sendo curioso que mesmo não tendo sido músicos da época, a banda consegue recapitular essa era de ouro em pleno primeiro ano da segunda década deste milênio.

Com poucos lançamentos entre álbuns e EPs, a banda retornou em 2009, agora destacando a letra “k” no nome como forma de diferenciar da banda norueguesa. O grupo conta agora com os três membros fundadores Steve Harris (!?) (guitarra), Ant Short (vocal e flauta) e Peter Wheatley (guitarra e vocal de fundo), além de John Jowitt (baixo) e o novo integrante Tim Churchman (bateria).

Porque resenhar um disco de Rock Progressivo se o blog foca no Metal e Hard? Pelo fato de que com esse disco, arK mostra que os bons tempos do Progressivo nos anos 70 podem ser relembrados por quem bebeu daquela fonte. As 11 faixas são regravações e reinterpretações de antigas canções, organizadas de forma a contar a história do disco.



Assim, ouvindo “Wild Untamed Imaginings” temos a impressão de voltar décadas no tempo e cair completamente no som feito por bandas como Genesis, Yes, Jethro Tull e Pink Floyd. Aliás, as duas últimas citadas aparecem bastante claramente nesse disco, mas é perceptível um pouco de Uriah Heep e até mesmo Deep Purple.

Mesmo contando com um vocalista de timbre estranho e até mesmo com um vocal ruim chamado Tony Short, a banda nos brinda com grandes canções que, após umas duas ou três audições, nos deixa com a impressão de que não seria possível outra pessoal cantá-las.



Mas não é o vocalista (que também toca flauta) quem se destaca no arK. Os teclados são um show a parte, assim como o clima conceitual do disco que trata de algo como o mundo do imaginário infantil, onde temos um jovem fantasiando inúmeras coisas, deixando o álbum ainda mais nostálgico, como em “New Scientist”, minha favorita e que conta com samplers de crianças brincando.

Então, se você já conhece a banda sabe como é difícil descrever a beleza do disco. Para quem não conhece, vale a indicação, especialmente para quem que ouvir algo feito em 2010, mas que parece ter sido tirado do fundo do baú. Aos amantes nostálgicos dos anos 70, esta é sua banda.

Stay on the Road

Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação e John McGuigan

Ficha Técnica

Banda: arK
Álbum: Wild Untamed Imaginings
Ano: 2010
País: Inglaterra
Tipo: Rock Progressivo/Folk Rock

Formação

Ant Short (Vocal e Flauta)
Steve Harris (Guitarra)
Peter Wheatley (Guitarra e Vocal de fundo)
John Jowitt (Baixo)
Tim Churchman (Bateria)



Tracklist

01 - Boudiccas Chariot
02 – Coats of Red
03 - Flagday
04 - New Scientist
05 - Hagley
06 - Gaia
07 - 8th Deadly Sin
08 - Change (Part. 2)
09 - So You Finally Made It
10 - Kaleidoscope
11 - Nowhere’s Ark

Conheça a banda:

Wikipedia em Inglês

Site Oficial

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