O que acontece quando uma banda lança seu primeiro disco e, de cara, reúne várias participações especiais interessantes, além de peso e força nas composições? Acontece que consegue chamar a atenção. E positivamente.
É o caso da Painside. A banda do Rio de Janeiro lançou seu debut álbum este ano com o nome “Dark World Burden” e surpreende pela produção, composição e peso.
Formada por Guilherme Sevens nos vocais, Carlos Saione e Daemon Ross (esse, uma conhecida figura da cena do RJ) nas guitarras, Marcelo Val no baixo e André Andrade na bateria, a Painside é uma das revelações deste ano de 2010 que está acabando.
Tendo como proposta o Heavy Metal tradicional, com levadas mais modernas e com altos toques de Thrash Metal, a banda chega numa sonoridade singular, potente, veloz e, o principal, com qualidade.
A música “Ignite the Fire” abre o álbum numa pancadaria só. “Collapse the Lies” já é mais cadenciada, com grandes riffs e vocalizações. Dá para destacar de cara também “The Deviant”, single do álbum, “Serpent's Tongue” (isso que é peso!) e “Martyr”.
Falando nas participações especiais, Painside caprichou para um disco de estréia. Ninguém menos que Chris Boltendahl (Grave Digger), Gus Monsanto (ex-Takara, Adágio, Revolution Renaissance, entre outros) e Renato Tribuzy (Tribuzy) dão as caras (e as vozes) no álbum. Este último ainda produziu o disco. Além deles, os solos de guitarra ficaram por conta de Edu Fernandez (Tribuzy e Rain).
A “The Edge” traz riffzão oitentista e tem os vocais do brasileiro (mas cidadão do mundo) Gus Monsanto intercalados com os de Sevens. Monsanto tem um vocal espetacular. Onde canta (e já cantou em muitos grupos) deixa sua marca. Aqui, não é diferente. Grande refrão e música com uma levada Hard/Heavy durante a mesma.
Tribuzy encanta na bela balada “This Dark World”. Os dedilhados acústicos, acompanhados de seu vocal, dão um “break” na pancadaria do disco. Mas isso só até Guilherme colocar sua fúria novamente em ação. Esse definitivamente é um dos pontos altos e distintos do álbum. Vale conferir.
Mas o que te faz arrepiar e querer sair chutando a avó (!?) é “Redeemers in Blood”, que ao fechar esse grande álbum, traz Chris Boltendahl numa performance sem reservas. O vocalista do Grave Digger é a participação internacional no álbum e coloca seu timbre único e rasgado. Como fã da banda, esta é minha preferida do álbum, com a Painside mandando o que ainda podia no peso e rapidez.
Um grande disco, com uma galera de muita qualidade (e também experiência, embora jovens), composições não enjoativas ou repetitivas, mas mantendo uma homogeneidade no disco.
Agora é curtir a repercussão interna e externa, que já tem aparecido e tem sido bastante positiva. Alto candidato a estar entre os melhores lançamentos do ano.
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Revisão ortográfica: Mr. Gomelli
Fotos: Divulgação e Hard Rock Cafe (Myspace Painside)
Ficha Técnica
Banda: Painside
Álbum: Dark World Burden
Ano: 2010
País: Brasil
Tipo: Heavy Metal/Thrash Metal
Formação
Guilherme Sevens (Vocal)
Daemon Ross (Guitarra)
Carlos Saione (Guitarra)
Marcelo Val (Baixo)
André Andrade (Bateria)
Tracklist
1. Ignite the Fire
2. Where Darkness Rules
3. Collapse the Lies
4. The Deviant
5. This Dark World (apresentando Renato Tribuzy)
6. Sand Messiah
7. Forsaken
8. Serpent's Tongue
9. The Edge (apresentando Gus Monsanto)
10. Martyr
11. Redeemers in Blood (apresentando Chris Boltendahl)
Site
Myspace
Um comentário:
Painside vai se destacar muito em 2011!
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