Jovem, a banda texana lança seu 2º trabalho completo |
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Embora quando pensamos em Texas (EUA), temos na mente mil e outras coisas a lembrar, é da cidade de Austin, daquele estado, que surge Ethereal Architect, banda que segue uma proposta progressiva, mas tentando romper alguns laços com o estilo e assim o faz, de forma eficiente, em “Monolith” (2012), seu novo disco.
Lançado em maio deste ano, “Monolith” é o segundo trabalho da banda formada por Adam Contresa (vocal), David Glass (guitarra, teclados e vocais de apoio), Thad Stevens (baixo) e Jake Koenig (bateria, percussão) que, de modo surpreendente, mostra ser um trabalho digno de “gente grande”. Aliás, é notável a baixa idade dos músicos, com uma média de 25 anos (se considerar que o primeiro CD saiu há cinco anos, são bastante jovens).
Como a banda é recente, sempre há a grande responsabilidade de compor e produzir um trabalho que faça o público se interessar em seguir acompanhando a banda. “Monolith” será capaz de fazer isso, mas, cuidado: não é um álbum fácil.
Podemos, em algumas audições superficiais, ver a banda ou como mais uma do estilo ou um grupo que está tentando inovar sem esquecer suas influências (Dream Theater, Opeth, etc.) e nos oferece um álbum de altíssima qualidade.
Composições como “Bardo Becoming” e “Obsidian” irão agradar em cheio quem gosta de velocidade e técnica; já “Revolutions” traz elementos sinfônicos e pode, num primeiro momento, causar estranhamento, pelos vocais de Adam estar com alguns efeitos e, de algum modo, estranho (mas um ótimo refrão). Já “Kalinago”, que abre o álbum, traz os elementos que estarão no restante do disco comprimidos nessa faixa: quebra de ritmos, velocidade, melodia, sinfonia, etc. “Mercury” mostra a qualidade indiscutível das guitarras de Glass.
"Monolith" irá agradar quem gosta de Metal Progressivo ousado |
Agora, se a sua área é a melodia dentro do Metal, vai adorar imediatamente (assim como eu) “Oceans”, a mais bela e melódica do álbum que, embora não chega a ser balada, pode ser definida desse modo, assim como “Obscura”, a mais diferente do disco, já que Adam canta em espanhol e a música segue esse lado mais latino, destoando um pouco do restante do trabalho. “Mac Arthur Park” (versão para clássico de Richard Harris, dos anos 60/70) tem vários momentos ao longo de seus 7 minutos, mas com uma melodia sensacional (mantendo o clima da versão original), com show especial de Adam nos vocais, solos e riffs inspirados e certeiros de Glass que, aliás, é o compositor de quase todas as canções.
De modo geral, “Monolith” será o verdadeiro carro-chefe da expansão da Ethereal Architect para fora dos EUA, tanto é que a banda prepara uma turnê internacional para 2013, enquanto segue uma série de shows no seu país de origem divulgando este novo trabalho que, merecidamente, deve estar na estante de todo apreciador de boa música.
Stay on the Road
Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Ficha técnica
Banda: Ethereal Architect
Álbum: Monolith
Ano: 2012
País: EUA
Tipo: Metal Progressivo
Selo: Independente
Formação
Adam Contreras (Vocal)
David Glass (Guitarra, Teclados e Vocais de Apoio)
Thad Stevens (Baixo)
Jake Koenig (Bateria)
Tracklist
01. Kalinago
02. Mercury
03. Obsidian
04. Oceans
05. Final Escape
06. Revolutions
07. Obscura
08. Bardo Becoming
09. Submission
10. Mac Arthur Park
Acesse e conheça mais sobre a banda
Site oficial
Last FM
Assista aos vídeos de "Kalinago", "Revolutions" e "Bardo Becoming"
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