quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mork: Uma Excepcional Força do Black Metal Sinfônico

Mork é uma das gratas revelações dos últimos anos na cena nacional


Ao longo dos anos, um dos estilos que mais se expandiu, com nascimento de inúmeras bandas ao redor do mundo, foi o chamado Black Metal Sinfônico que unia a agressividade e peso tanto instrumental quanto lírico do Black Metal original, com a presença de melodias de teclados, com orquestras e efeitos sinfônicos, tendo em bandas como Dimmu Borgir um dos representantes máximos.

Comparações a parte, a verdade é que pipocam bandas do estilo, muitas vezes sem causar grande impacto no ouvinte, especialmente aquele já acostumado com a sonoridade.

Aqui no Brasil, uma das tentativas mais bem sucedidas é “Exemption” (2011), primeiro registro completo da banda de Brasília/DF, Mork, que já chamou atenção pelo seu EP de estreia em 2008 e que com seu debut álbum coloca-se como uma das gratas exceções positivas do estilo.

Contando com 14 faixas, incluído aí a introdução que te coloca no clima, “Exemption” é recheado de boas composições, com bastantes variações, não dando aquela impressão de que todas as faixas são parecidas. Além disso, a produção, que ficou à cargo da própria banda e Ricardo Araújo, nos estúdios Sgt. Pepper na sua terra natal, fazem do disco uma escuta prazerosa, já que os instrumentos estão audíveis e cada um mostra a importância da sua presença no conjunto total da obra. Também a arte é muito bela e sombria, méritos de Diego Moscardini.

Músicas como “Alastor”, “Unholy Inquisition” e “Prophecy of Infidel's Course” devem agradar na primeira audição ao mais extremo dos bangers, pois são mostras de que Black Metal Sinfônico não é justificativa para pouco peso.

Atual formação, com Glauber nos teclados

Embora todas as faixas mostrem um lado bastante pesado, aliado com trechos mais cadenciados, é notório os teclados de Leonardo (que foi substituído este ano por Glauber), sobretudo em “Make Them Suffer”, grande destaque, assim como “Zeitgeist”, num tom sombrio que lembra Mustis (ex-Dimmu Borgir) no seu auge. Aliás, a Mork começou como banda cover dos noruegueses.

As canções, de modo geral, possuem ótimos riffs de Rafael e Pedro, inspiradíssimos, levando ao headbnaging facilmente. Os vocais de Samuel são impressionantes (quando você vê a foto do cara, pensa “é possível?!”), assim como a agilidade e criatividade da cozinha formada pelo baixista Guilherme e o baterista Gabriel, que também se destaca, mostrando que o sexteto, na verdade, está em perfeita sintonia, cada membro destacando-se, sem ninguém soar por demais exaltado ou apagado.

"Exemption" marca uma estreia em álbum completo digna de banda grande

“Exemption”, embora tenha sido lançado em 2011, merece maior atenção da mídia e fãs do estilo, mesmo que tenha obtido ótimas críticas, ainda é um disco merecedor dos mais altos elogios e item obrigatório nas coleções de qualquer headbanger (extremo ou não) que se preze.

Stay on the Road

Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Mork
Álbum: Exemption
Ano: 2011 
País: Brasil
Tipo: Black Metal Sinfônico
Selo: Eternal Hatred Records
Assessoria: Ms Metal Press



Formação (do álbum)
Samuel (Vocal)
Rafael (Guitarra)
Pedro (Guitarra e Backing Vocals)
Guilherme (Baixo)
Gabriel (Bateria)
Leonardo (Teclados/Sintetizadores)




Tracklist
1. Exemption (intro)
2. Alastor
3. God Beneath My Glory
4. Unholy Inquisitor
5. Vatican XIII
6. Ego Boundaries
7. Interlude of Purification
8. Make Them Suffer
9. Zeitgeist
10. Prophecy of Infidels Curse
11. Insolence
12. Annihilation of Existence
13. Hate Eternal
14. Spiritual Extortion

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