sábado, 6 de outubro de 2012

Resenha de Show: Epica Volta ao Solo Gaúcho e Faz Show Memorável

2º passagem da banda por Porto Alegre levou grande público na noite de 30/09


A Abstratti Produtora acertou mais uma vez em trazer uma banda em evidência e que possui uma grande legião de fãs no Rio Grande do Sul e uma dessas bandas é a Epica, que voltou depois de mais de 2 anos desde sua estreia em terras gaúchas.

Sastras fez uma boa apresentação e agitou o público do Bar Opinião

Com o Bar Opinião em Porto Alegre/RS praticamente lotado, com uma fila que desde o meio da tarde já mostrava-se extensa, os fãs esperavam ansiosos pelo grupo liderado por Simone Simons (vocal) e Mark Jensen (guitarra e vocal), que já haviam tocado em São Paulo e Rio de Janeiro, encerrando na capital gaúcha a sua parte brasileira da turnê sul-americana.

Sastras
Para a abertura, a banda de Butiá/RS Sastras, que ainda está preparando seu primeiro EP. Polêmicas à parte, a verdade é que muitos (inclusive este que vos escreve) estavam apreensivos se a jovem banda daria conta de agitar o público para o show esperado e, mesmo sabendo da qualidade do grupo, esperavam um show pouco expressivo.

Bom, a banda surpreendeu positivamente, levantou o público, mostrou que está melhorando tanto nas composições quando em cima do palco e tem tudo para, aos poucos, galgar um espaço interessante dentro da cena.

Com 40 minutos de atraso, as 21:40, a introdução “Karma” ecoa pelo Bar e o público ansioso sabe que a Epica está de volta. Com o palco mais simples que da vez passada, a verdade é que a energia já colocada em “Monopoly on Truth”, do álbum recente “Requiem For the Indifferent” (2012), fez toda a atenção se voltar para a banda, que apareceu um por um no palco, culminando com Simone Simons, uma das maiores musas do Metal mundial.

Seguiu-se a mais que clássica “Sensorium”, mostrando que a banda não economizaria nas canções que o público sempre espera ouvir. E, falando em clássico, após a receptividade monstra do público (realmente ensurdecedor) e do “Porto Alegreeeeeeee!” gritado por Simone, “Unleashed” tirou o fôlego de todos, pois é, provavelmente, um dos maiores clássicos da banda (nada de deixar para o bis).

Mark Jensen, um dos mais carismáticos da noite

“Martyr of the Free Word” pôs o Opinião abaixo, canção essa que Mark Jensen mostra toda a sua energia e simpatia, não economizando sorrisos ao público e sempre chamando-o a agitar. Aliás, toda a banda parecia estar numa verdadeira festa e, se alguém esperava alguma coisa como comportamentos “esnobes”, acabou vendo a banda muito ativa e feliz com o público, como o tecladista Coen Janssen, literalmente fazendo uma festa no palco.


A musa Simone Simons mostrou seu talento novamente aos gaúchos

O show que durou quase duas horas trouxe vários outros clássicos, como “Cry For the Moon”, “Quietus”, “The Phantom of Agony”, músicas esperadas pelos fãs que cantavam à plenos pulmões. A histeria certo momentos chegava a atrapalhar quando Mark ou Simone se dirigiam ao público e não conseguíamos entender corretamente tudo o que falavam pois havia alguém gritando “Simone!! Mark!!” no seu lado.

Mas isso não impediu de percebermos que a banda toda estava gostando do clima e o público gaúcho fazia um barulho imenso a cada término das canções, acompanhando com os braços e gritos as solicitações de headbanging de Simone, Mark e Isaac, este último mostrando que é sim um importante membro da banda também no palco, além e se mostrar educado e simpático com o público e mídia (entrevistamos ele antes da turnê passar por aqui).

Do novo álbum, que não teve algumas músicas apenas executadas, tivemos, além de “Karma” e “Monopoly on Thruth”, a música de trabalho “Storm the Sorrow”, bastante esperada como novidade e, à exemplo dos clássicos, cantada em uníssono pelo público, com show de Mark nos guturais. O cara estava possuído!

Também do mais recente trabalho, tivemos “Serenade of Self-Destruction”, um dos mais pesados do disco, com coral de arrepiar e que, numa ascendente, coloca todos acompanhar com os braços o ritmo. Ficou ainda melhor ao vivo. 

Um momento especial do show, sobretudo para a jovem Júlia Ungaratti, foi quando esta foi convidada a subir ao palco, para ficar junto da banda durante a execução de “Quietus”, outro clássico dos holandeses. Escolhida a dedo por Isaac, a jovem não controlou a emoção, mas agitou muito no palco ao lado de seus ídolos. Grande demonstração da valorização dos fãs pela banda.

Vocalista prometeu voltar com a banda em breve

Após “The Phantom Agony”, a banda sai do palco mais que ovacionada, para dar um intervalo e voltar com o bis. Aqui vale a brincadeira do tecladista Coen, que veio falar com o público, “atiçando” os gaúchos falando do quão grandioso fora os públicos de São Paulo e Rio de Janeiro, fazendo os gaúchos gritarem o mais alto possível.

Júlia realizando um sonho de qualquer fã: "cantar" um clássico da banda COM a banda

Para voltar ao palco, Simone e Coen iniciam a execução daquela que é, provavelmente, uma das mais belas baladas da banda, do mais recente disco. “Delirium” teve direito à parte acústica, com um clima para jamais se esquecer. Aqui, pudemos nos deliciar com a beleza e talento de Simone, arrancando lágrimas de parte do público.

Seguiu-se a surpresa “Blank Infinity”, do aclamado disco “Consign to Oblivion” (2005), que leva a banda ao final do show, com a faixa-título deste álbum, encerrando um set list de 15 canções e quase duas horas de espetáculo.

Uma noite para jamais esquecer, tanto quem já viu a banda (teve pessoas que haviam ido aos dois shows anteriores desta turnê), como quem a via pela primeira vez, como este que vos escreve. A banda deixa o Brasil e se dirige ao Uruguai, com a certeza do ótimo reencontro com os fãs (na saída ainda conseguimos conversar com alguns membros da banda) e levando na bagagem o carinho dos novos admiradores. E eles prometeram voltar em breve. Ficamos no aguardo.

Stay on the Road


Texto e edição: Eduardo Cadore

Revisão: Izabella Balconi

Fotos: Izabella Balconi e Eduardo Cadore (Road to Metal)

Agradecimentos: À Abstratti produtora, na pessoa do Homero, por acreditar no nosso trabalho. Aos amigos Uillian Vargas e Meikel Mueller pela parceria na fila e dentro do Opinião.

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Set List
Karma
Monopoly on Truth
Sensorium
Unleashed
Martyr of the Free Word
Serenade of Self-Destruction
Cry for the Moon
Storm the Sorrow
The Obsessive Devotion
Sancta Terra
Quietus
The Phantom Agony

Bis
Delirium
Blank Infinity
Consign to Oblivion


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Assista "Martys of the Free Word" ao vivo em Porto Alegre por Daniel Lopes

Um comentário:

Unknown disse...

Esse vídeo que postaram aí no fim da matéria foi eu quem filmou. ! heheh ! créditos para mim