quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

My Dying Bride: Assombrosa Beleza

Um dos maiores expoentes da história do Doom Metal lança novo álbum 


No já distante ano de 1992, o mundo conheceu toda a beleza e crueldade do My Dying Bride que estreia com o enigmático e encantador “As The Flower Withers”. A partir dali, por mais que tenha sofrido pequenas derrapadas, o grupo sempre capitaneado por Aaron Stainthorpe manteve sua essência e fidelidade ao Doom Metal carregado de uma dose latente de romantismo e desespero, essas características o colocaram há anos luz de grupos como Anathema e Paradise Lost, por mais que esse último tenha recuperado o fôlego nos mais recentes lançamentos.

Grupo havia lançado EP que dava mostras do que poderia ser esperado do próximo álbum

E nesse 12º trabalho, a banda mostrou que caminha a passos largos para tomar de assalto o trono do Metal da escuridão. Sem exageros em dizer que “A Map of All Our Failures" (2012) é melancólico, erudito, agressivo e marcante: ouça e veja toda a alegria do ambiente sumir ou se gostas de um som mais “depressivo” poderá até esboçar um leve sorriso.

A sensação que dá é que toda a banda ouviu sua discografia e buscou os melhores elementos para colocar num único trabalho, fazendo, assim, um divisor de águas na sua carreira.

Ouça “A Tapestry Scorned", onde toda a veia gótica do MDB é exaltada. Repare que mesmo sendo uma faixa bem intimista, ela apresenta momentos de agressividade única; "Kneel Till Doomsday", abre o trabalho com aquela influência de Death Metal tão bem vinda da década de 90 e que infelizmente tinha sido esquecida pela banda.

Em “The Poorest Waltz”, Aaron rouba a cena com seus vocais diversificados, característica essa que permite dizer que ele é um dos maiores vocalistas da atualidade no gênero, performático e dramático. “Hail Odysseus” prova todos esses adjetivos. 

O EP lançado no ano passado “The Barghest O’ Whitby” dava uma pista do que esperar desse álbum, mas nada poderia ser mais gratificante do que ouvir obras como a faixa titulo e versos como “onde estava Deus quando eu mais precisava dele?", presente na última fixa, a caótica “Abandoned as Christ”.

Em uma tradução literal “Um mapa de todos os nossos fracassos” prova que MDB não é apenas uma das bandas mais fieis ao Doom, mas que eles continuam sendo um dos seus pilares e tem o poder de manter o estilo vivo. Recomendável para todos aqueles que já conhecem a banda e para os novos fãs que procuram conhecer o Metal na sua essência mais obscura.

Texto: Harley 
Edição/revisão: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: My Dying Bride
Álbum: A Map Of All Failures
Ano: 2012 
País: Inglaterra
Tipo: Doom Metal 

Formação
Aaron (Vocal)
Andrew (Guitarra)
Hamish (Guitarra)
Lena (Baixo)
Shaun (Teclados e Violinos)



Tracklist:
1. Kneel Till Doomsday
2. The Poorest Waltz
3. A Tapestry Scorned
4. Like a Perpetual Funeral
5. A Map of All Our Failures
6. Hail Odysseus
7. Within the Presence of Absence
8. Abandoned as Christ

Acesse e conheça mais a banda
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Ouça "A Tapestry Scorned"

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