sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Symfonia: Garantia de Álbuns Clássicos ou Jogada de Marketing?

Time dos sonhos do Metal Melódico

Uma novidade há alguns meses tira o sono dos amantes do Power Metal (ou, como pessoal fala aqui no Brasil, Metal Melódico).

Trata-se de uma nova “banda” (ainda com cara de projeto) que reúne grandes nomes do Power Metal mundial.

Não, não é mais um Metal Opera. Trata-se do Symfonia, banda que conta com o brasileiro André Matos (Viper, Angra, Shaman, solo) nos vocais, Timo Tolkki (Stratovarius, Revolution Renaissance) nas guitarras, Uli Kusch (Gamma Ray, Helloween, Masterplan) na bateria, Jari Kainulainen (Stratovarius, Kotipelto, Evergrey) no baixo e Mikko Härkin (Sonata Arctica, Cain’s Offering) nos teclados.

Surgido da ideia de Matos e Tolkki, que como os demais integrantes estão morando na Escandinávia, a Symfonia foi divulgada no fim de 2010.

O que parecia que poderia demorar a se tornar realidade, aconteceu. O grupo já tem o material do seu primeiro trabalho (há contrato para quatro discos) que já teve nome e capa revelados: será chamado “In Paradisum” e a capa você confere agora aqui.

Com previsão para lançamento em março, a banda, capitaneada por Matos e Tolkki, já começa trabalho de divulgação, realizando entrevistas e liberando vídeos do processo de gravação.

Estiveram em um programa de rádio na Finlândia onde concederam entrevista e, após, foi executada, pela primeira vez, uma música do novo grupo. A escolhida foi a faixa-título.

Num mundo globalizado ao extremo como o que vivemos atualmente, obviamente que alguém gravaria a música para saciar (ou melhor, atiçar) a sede dos fãs. Assim, um fã (fã, pois não está vendendo algo que não é seu e ainda divulga o grupo entre os fãs) disponibilizou para download “In Paradisum”.

A música é grandiosa, utilizando de corais, mas não apresenta originalidade, pelo contrário, numa audição inicial soa como uma música do Stratovarius. Também pudera, tendo dois ex-integrantes da banda e um deles sendo o líder.

Capa do primeiro álbum: clichê ou puro Power Metal?

Fica uma questão: seria o Symfonia algo genuíno, “honesto”, ou uma jogada de marketing? Se formos pensar, Andre Matos não tem mais o que provar, mas desde que deixara o Shaman em 2006 gravara dois álbuns solos que, mesmo muito bons, não deram a mesma repercussão dos discos com Shaman e Angra, por exemplo.

Outro caso é de Uli Kusch, que tocou no Gamma Ray no fim dos anos 80, mas teve seu ápice nos anos 90 como baterista do Helloween, começou a decair com o Masterplan (embora os dois primeiros trabalhos tenham tido reconhecimento) e, após deixar essa banda, não produziu nada muito significativo.


Mikko Härkin (teclados), Timo Tolkki (guitarras), André Matos (vocal), Uli Kusch (bateria) e Jari Kainulainen (baixo)

Mas a maior pulga atrás da orelha fica por conta de Timo Tolkki. O guitarrista teve uma década passada muito conturbada. Com problemas mentais, chegou a “despedir” toda então banda Stratovarius, chamando (o que considero seu ápice de insanidade) uma vocalista mulher para o posto de Timo Kotipelto.

Após sua saída do Stratovarius (a banda ganhou o direito de usar o nome e o despedido foi Tolkki), formou o Revolution Renaissance (contando com dois brasileiros no cast) e obteve bom reconhecimento.

Com o último disco “Trinity” (2010), a coisa parecia que iria ganhar as devidas proporções, mas o guitarrista anunciou o encerramento das atividades, culpabilizando os demais integrantes por desinteresse em tocar ao vivo. Por outro lado, o restante da banda “descobriu” que os solos (considerado melhores que muitos da sua época de Stratovarius) do disco não foram criados ou executados por Tolkki e sim pelo engenheiro de som do disco.

Polêmicas a parte, questiona-se se unir esses grandes “egos” (Matos também tem algumas histórias “cabeludas”) numa mesma banda, com músicos já renomados, mas “em crise” (saliento que não é o caso do Matos), seria quase um ato suicida. Quem sabe desse encontro de grandes estrelas nasça algo realmente brilhante.

Vamos aguardar e conferir.

Stay on the Road


Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação


Visite o site da banda para conhecê-la

http://www.symfonia.fi/

2 comentários:

patyborgir disse...

hummm..excelentes profissionais!!
gosto mto do Timo e do Mikko, mas André Matos?? não tinha um melhorzinho a ser escalado pra jogar com esse rimão??
Eu como fã de Metal melodico, vou conferir ;)

Anônimo disse...

Seu texto ficou muito bom.
Realmente a moçada que compõe a banda não precisa provar nada pra ninguém.
Se foi jogada de marketing, conseguiram chamar a atenção. No entanto, o disco ficou algo comum. Nada de surpreender, normal para o estilo Power Metal que é a cara do Tolkki, a quem se atribui a propriedade do projeto.
Eu tô torcendo muito, pois só quem tem a ganhar são os fãs.
Bjsssss
Ana Flávia