domingo, 20 de fevereiro de 2011

"Day of Reckoning" do Destruction é Mais Uma Aula do Thrash Metal Alemão


Quando se fala em Thrash Metal alemão, podemos citar um big four composto pelo Destruction, Sodom, Kreator e Tankard. Depois do apenas bom “Volume 14” (2010) do Tankard e do fantástico “In War and Pieces” (2010) do Sodom, foi a vez do Destruction vir quebrando tudo com um dos melhores lançamentos de sua carreira: o potente “Day of Reckonig” (2011).

Para os fãs, essa pode ser uma declaração polêmica, já que esse nada mais é que o décimo primeiro álbum da banda. Porém, como os músicos mesmo afirmaram, é um retorno às raízes, ou seja, o álbum tem uma pegada totalmente old school, sem esquecer os elementos principais do grupo, como os gritos agudos de Schimer (vocal).

Não que os últimos álbuns como “Inventor Of Evil” (2005) e “D.E.V.O.L.U.T.I.O.N” (2008) sejam ruins. Pelo contrário, são extremamente pesados, só que ao mesmo tempo muito polidos e com um certo abuso do mid tempo, o que deixava o som meio sem pegada.

Mas dessa vez os alemães se superaram. É uma tarefa complicadíssima não se empolgar com cada riff contido nas onze faixas do disco que realmente faz valer seu posto de gigante do Thrash, nos trazendo os vocais de Schmier sempre muito hostis e enlouquecidos (um dos melhores do gênero), a bateria de Vaaver (novato na banda, ex-Unsun) é massacrante (impressionante como Maarc Reign não fez falta). Mas o grande destaque é Mike Sifringer, único guitarrista, fato que ele nos faz duvidar, tamanho peso e quantidade de riffs seguidos que encontramos.


Nova formação de um dos pilares do Thrash Metal alemão

Levando para o conceito temático, estamos apenas em fevereiro, mas será muito difícil que alguma banda lance uma capa tão bonita quanto essa este ano. Em relação às letras, o conceito lírico do Thrash é marcante, sendo que a destruição e ódio são dominantes, nos transportando para uma atmosfera de caos.

Não tem música ruim e, por isso mesmo, não tem tempo para respirar. Conselho de amigo: deixe o gelol perto porque a dor no pescoço ao final do álbum é forte.

O álbum começa com “The Price”, uma porrada sem dó e “Hate Is My Fuel”, música já tocada ao vivo, com refrão que gruda fácil.

Outro grande momento fica por conta da faixa título “Day Of Reckoning”, com seu clima todo apocalíptico e cadenciado (para os padrões dos caras), além de que o pequeno solo que Sifringer faz deixa o refrão ainda mais marcante. Poderia citar também “Devil Advocate”, “Church of Disgut” ou qualquer outra, afinal, isso aqui é Thrash de verdade.

Sendo assim, mais um presente para os fãs de música extrema, que em 2011 já ganharam novos do Deicide, Burzum, Onslaugth e que venham Artillery, Sepultura e Morbid Angel!


Texto: Harley

Revisão do Texto: EddieHead

Fotos: Divulgação



Tracklist

1. The Price
2. Hate Is My Fuel
3. Armageddonizer
4. Devil’s Advocate
5. Day of Reckoning
6. Sorcerer of Black Magic
7. Misfit
8. The Demon Is God
9. Church of Disgust
10. Destroyer or Creator
11. Sheep of the Regime

Um comentário:

Renato disse...

Grande Resenha Harley, matador o album, concordo com vc é o Destruction voltando as origens.