terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Origem Tattoo Fest: Som Pesado, Cerveja e Muito Calor


E o dia 11/01 (sábado) marcou o inicio oficial de 2014 para os headbangers, pois tivemos o "Origem Tattoo Festival" em São Leopoldo/RS na Embaixada do Rock, onde era comemorado os três anos do Origem Tattoo Studio.

Além do Open Bar que tínhamos, também tivemos as bandas Vultures, Atropina e BlacK TootH GriN (Pantera cover), uma noite no mínimo destrutiva.

O que chamou atenção foi o número de pessoas presentes, a casa estava lotada, e ainda tinha mais uma imensa fila do lado de fora, pela casa estar com sua capacidade máxima (250 pessoas), o pessoal que estava na fila tinha que esperar alguns saírem para poder entrar.

Claro que isso para o festival e para as bandas foi ótimo, porém há de se ressaltar que a casa não suporta tantas pessoas, atingindo sua capacidade máxima, o calor era demasiado, sendo que respirar lá dentro estava difícil, sem contar o aperto que ficou, transformando a tarefa de chegar ao bar quase impossível.

Vultures
A primeira banda a subir no palco foi o Vultures, que apresentou seu HC/Crossover sem frescuras, a apresentação da banda ainda marcava a gravação de seu novo videoclipe para música "Salvem os Animais".

Com um set curto, mas eficaz, o Vultures fez uma apresentação enérgica e empolgante, fazendo várias rodas se abrirem no meio da apresentação.

Em seguida era hora dos deathbangers da Atropina, que após longos oito anos fora dos palcos, retornam com força total. E o que vimos foi uma banda coesa e potente, destilando seu Death Metal com pitadas de old school, massacrando pescoços e com rodas e mais rodas, fazendo os bangers presentes se de gladiarem.

Atropina
Então era hora de Nelson Casagrande (Distraught) no baixo, Everton Acosta (Distraught) na guitarra, Dio (Distraught e In Torment) na batera e Tiaraju (Torvo) assumindo a frente da “wrecking ball” chamada Black Tooth Grin. Para os desavisados de plantão, a banda leva o nome da bebida, cuja receita o senhor Dimebag Darrell Abbott (1966 – 2004) nos deixou de presente.

Noitada tranquila e calma, para quem está acostumado a dormir abraçado em uma ogiva nuclear de cinco mil megatons, é claro. Logo após a execução da introdução musical, que preparou o clima todo especial para o início do espetáculo, a Black Tooth Grin puxou o pino da granada com a "Suicide Note Pt.2". Faltou Embaixada do Rock pra tanto Metal Head e calor humano, a casa estava lotada e toda festa emana muita energia quando todos entram no clima. 

Na sequência veio a "A New Level" do álbum "Vulgar Display Of Power", deste momento em diante, a locomotiva já havia perdido o controle da velocidade e direção. Então pra tentar frear, o negócio era tentar fazer com que todos sentissem muita sede... de bebida, de Metal e de Pantera. A sede de Pantera e de Metal, a banda estava dando conta.

Black Tooth Grin
Para matar a sede de cerveja, era só chegar até o bar, já que a Embaixada junto com a Origem Tattoo e o Storm Festival, estavam promovendo um "Open Bar". Do álbum aniversariante em 2014, vem a "5 Minutes Alone" e "Becoming". Como o "Far Beyond Driven" comemora 20 anos nesse ano, Tiaraju manifestou, em nome do grupo, a vontade de realizar um show e tocar o álbum na integra, aguardemos novidades. Na pausa da música o batera Dio pegou o microfone emprestado e chama a galera para o brinde:

 - "O nome dessa festa é OPEN BAR, por acaso? Então todo mundo deve estar com um copo na mão, seca logo essa porra e atira ele vazio no palco pra gente saber que vocês estão bebendo!" - obviamente os copos eram de plástico.

Seu pedido é uma ordem, mestre, e muito bem aceito pela galera, claro. Sem muitas delongas o riff mais conhecido do Dimebag, entregou nos primeiros segundos que se tratava da "Walk".

Tributo ao Pantera formado por grandes nomes da cena gaúcha
Retornando ao álbum "Far Beyond Driven", chegou a "I'm Broken" carregada, pesada e cheia de lembranças de uma época e de uma banda idolatrada por todos naquela noite, mais do que em qualquer ocasião. "The Great Southern Trendkill" do disco homônimo deu uma agitada no climão que a "I’m Broken" tinha criado, e a destruição de pescoço voltou com força. Justamente quando a turma pensou que teria tempo pra dar uma relaxada e ir até o bar pegar mais cerveja, a Balck Tooth dispara o trio matador: "Revolution Is My Name", "Cowboys From Hell" e "Strenght Beyond Strenght". 

Só para constar, acho a capa do "Reinventing The Steel" muito emblemática e simbólica, talvez pelo fato de ligar a imagem chocante de alguém em chamas e o fato de ter sido o último álbum de estúdio da banda, outro detalhe é que se trata de um trabalho que narra um pouco da situação do Pantera (até a época). A banda tem, oficialmente, apenas um trabalho compilado ao vivo (fora os Ep’s), o "Official Live: 101 Proof." E desse disco veio "Domination/Hollow". A capa do álbum lembra o rótulo do Whisky Jack Daniel’s, e na capa consta teor alcoólico de 101% (damn hell!). 


O setlist foi aniquilador desde o princípio até o final. Foram quase três horas de muito Pantera e as músicas foram executadas todas ao seu tempo. Era visível o compromisso da banda com a perfeição das execuções, em algum momento o som não ajudou muito e o calor era excessivo, mas, meu amigo, era o "Panterão" explodindo pelas caixas de som. Arrisco a dizer que as caixas sobreviveram heroicamente frente à tamanha destruição, houve comentários de que faltou cerveja, não sabemos ao certo se procede, mas caso sim, então a missão foi executada com sucesso: homenagear o Pantera exterminando com o estoque de cerveja do local (seja qual for a quantidade).

Para encerrar a apresentação, a Black Tooth tocou a "Mouth For War" e na sequência dois vulcões em erupção: "This Love" (onde o vocalista Tiaraju chamou varias garotas em cima do palco) e "Fucking Hostile". Uma noitada e tanto, a atividade de palco se encerrou eram avançadas 05h00 da manhã. Cansados e doloridos? Sim, cansado de levar o copo até a boca e com dor no cotovelo de tanto dobra-lo pra erguer o copo! 


Nem precisa ficar cabisbaixo por ter perdido a noitada (se é que perdeu). Basta acompanhar a banda pelo facebook oficial. Novas datas já foram reveladas e vêm novidades no setlist das próximas vezes. Mais uma vez parabéns São Leo, parabéns à Embaixada do Rock e sucesso para a Black Tooth Grin, Origem Tattoo e Storm Festival.


Bandas de abertura: Renato Sanson
Banda principal: Uillian Vargas
Revisão: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Fotos: Uillian Vargas

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei da resenha, apesar das 2 bandas iniciais terem sons próprios e só ganharem 5 linhas. É hipocrisia, se o mesmo cara que fez essa resenha, favorecendo 95% da resenha pra uma banda cover, ser o tipo de cara que se diz Underground e que "luta pro movimento não morrer".

Acho q o "gosto musical" é algo pessoal, e não dar fama para uma banda e denegrir outras. Fora isso muito bom.

Anônimo disse...

Aeee, muito bom!!!!!!!!!!!!!!!
E para matar a sede de cerveja,
dia 12/04 tem Pantera de novo
na Embaixada!!!