E o dia 11/01 (sábado) marcou o inicio oficial de 2014 para os headbangers, pois tivemos o "Origem Tattoo Festival" em São Leopoldo/RS na Embaixada do Rock, onde era comemorado os três anos do Origem Tattoo Studio.
Além do Open Bar que tínhamos, também tivemos as bandas Vultures, Atropina e BlacK TootH GriN (Pantera cover), uma noite no mínimo destrutiva.
O que chamou atenção foi o número de pessoas presentes, a casa estava lotada, e ainda tinha mais uma imensa fila do lado de fora, pela casa estar com sua capacidade máxima (250 pessoas), o pessoal que estava na fila tinha que esperar alguns saírem para poder entrar.
Claro que isso para o festival e para as bandas foi ótimo, porém há de se ressaltar que a casa não suporta tantas pessoas, atingindo sua capacidade máxima, o calor era demasiado, sendo que respirar lá dentro estava difícil, sem contar o aperto que ficou, transformando a tarefa de chegar ao bar quase impossível.
Vultures |
A primeira banda a subir no palco foi o Vultures, que apresentou seu HC/Crossover sem frescuras, a apresentação da banda ainda marcava a gravação de seu novo videoclipe para música "Salvem os Animais".
Com um set curto, mas eficaz, o Vultures fez uma apresentação enérgica e empolgante, fazendo várias rodas se abrirem no meio da apresentação.
Em seguida era hora dos deathbangers da Atropina, que após longos oito anos fora dos palcos, retornam com força total. E o que vimos foi uma banda coesa e potente, destilando seu Death Metal com pitadas de old school, massacrando pescoços e com rodas e mais rodas, fazendo os bangers presentes se de gladiarem.
Atropina |
Então era hora de Nelson Casagrande (Distraught) no baixo, Everton Acosta (Distraught) na guitarra, Dio (Distraught e In Torment) na batera e Tiaraju (Torvo) assumindo a frente da “wrecking ball” chamada Black Tooth Grin. Para os desavisados de plantão, a banda leva o nome da bebida, cuja receita o senhor Dimebag Darrell Abbott (1966 – 2004) nos deixou de presente.
Noitada tranquila e calma, para quem está acostumado a dormir abraçado em uma ogiva nuclear de cinco mil megatons, é claro. Logo após a execução da introdução musical, que preparou o clima todo especial para o início do espetáculo, a Black Tooth Grin puxou o pino da granada com a "Suicide Note Pt.2". Faltou Embaixada do Rock pra tanto Metal Head e calor humano, a casa estava lotada e toda festa emana muita energia quando todos entram no clima.
Na sequência veio a "A New Level" do álbum "Vulgar Display Of Power", deste momento em diante, a locomotiva já havia perdido o controle da velocidade e direção. Então pra tentar frear, o negócio era tentar fazer com que todos sentissem muita sede... de bebida, de Metal e de Pantera. A sede de Pantera e de Metal, a banda estava dando conta.
Black Tooth Grin |
Para matar a sede de cerveja, era só chegar até o bar, já que a Embaixada junto com a Origem Tattoo e o Storm Festival, estavam promovendo um "Open Bar". Do álbum aniversariante em 2014, vem a "5 Minutes Alone" e "Becoming". Como o "Far Beyond Driven" comemora 20 anos nesse ano, Tiaraju manifestou, em nome do grupo, a vontade de realizar um show e tocar o álbum na integra, aguardemos novidades. Na pausa da música o batera Dio pegou o microfone emprestado e chama a galera para o brinde:
- "O nome dessa festa é OPEN BAR, por acaso? Então todo mundo deve estar com um copo na mão, seca logo essa porra e atira ele vazio no palco pra gente saber que vocês estão bebendo!" - obviamente os copos eram de plástico.
Seu pedido é uma ordem, mestre, e muito bem aceito pela galera, claro. Sem muitas delongas o riff mais conhecido do Dimebag, entregou nos primeiros segundos que se tratava da "Walk".
Tributo ao Pantera formado por grandes nomes da cena gaúcha |
Retornando ao álbum "Far Beyond Driven", chegou a "I'm Broken" carregada, pesada e cheia de lembranças de uma época e de uma banda idolatrada por todos naquela noite, mais do que em qualquer ocasião. "The Great Southern Trendkill" do disco homônimo deu uma agitada no climão que a "I’m Broken" tinha criado, e a destruição de pescoço voltou com força. Justamente quando a turma pensou que teria tempo pra dar uma relaxada e ir até o bar pegar mais cerveja, a Balck Tooth dispara o trio matador: "Revolution Is My Name", "Cowboys From Hell" e "Strenght Beyond Strenght".
Só para constar, acho a capa do "Reinventing The Steel" muito emblemática e simbólica, talvez pelo fato de ligar a imagem chocante de alguém em chamas e o fato de ter sido o último álbum de estúdio da banda, outro detalhe é que se trata de um trabalho que narra um pouco da situação do Pantera (até a época). A banda tem, oficialmente, apenas um trabalho compilado ao vivo (fora os Ep’s), o "Official Live: 101 Proof." E desse disco veio "Domination/Hollow". A capa do álbum lembra o rótulo do Whisky Jack Daniel’s, e na capa consta teor alcoólico de 101% (damn hell!).
O setlist foi aniquilador desde o princípio até o final. Foram quase três horas de muito Pantera e as músicas foram executadas todas ao seu tempo. Era visível o compromisso da banda com a perfeição das execuções, em algum momento o som não ajudou muito e o calor era excessivo, mas, meu amigo, era o "Panterão" explodindo pelas caixas de som. Arrisco a dizer que as caixas sobreviveram heroicamente frente à tamanha destruição, houve comentários de que faltou cerveja, não sabemos ao certo se procede, mas caso sim, então a missão foi executada com sucesso: homenagear o Pantera exterminando com o estoque de cerveja do local (seja qual for a quantidade).
Para encerrar a apresentação, a Black Tooth tocou a "Mouth For War" e na sequência dois vulcões em erupção: "This Love" (onde o vocalista Tiaraju chamou varias garotas em cima do palco) e "Fucking Hostile". Uma noitada e tanto, a atividade de palco se encerrou eram avançadas 05h00 da manhã. Cansados e doloridos? Sim, cansado de levar o copo até a boca e com dor no cotovelo de tanto dobra-lo pra erguer o copo!
Nem precisa ficar cabisbaixo por ter perdido a noitada (se é que perdeu). Basta acompanhar a banda pelo facebook oficial. Novas datas já foram reveladas e vêm novidades no setlist das próximas vezes. Mais uma vez parabéns São Leo, parabéns à Embaixada do Rock e sucesso para a Black Tooth Grin, Origem Tattoo e Storm Festival.
Texto: Renato Sanson/Ullian Vargas
Bandas de abertura: Renato Sanson
Banda principal: Uillian Vargas
Revisão: Renato Sanson/Eduardo Cadore
Fotos: Uillian Vargas
2 comentários:
Gostei da resenha, apesar das 2 bandas iniciais terem sons próprios e só ganharem 5 linhas. É hipocrisia, se o mesmo cara que fez essa resenha, favorecendo 95% da resenha pra uma banda cover, ser o tipo de cara que se diz Underground e que "luta pro movimento não morrer".
Acho q o "gosto musical" é algo pessoal, e não dar fama para uma banda e denegrir outras. Fora isso muito bom.
Aeee, muito bom!!!!!!!!!!!!!!!
E para matar a sede de cerveja,
dia 12/04 tem Pantera de novo
na Embaixada!!!
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