sexta-feira, 21 de setembro de 2012

British Lion: Com o Padrão de Qualidade Steve Harris

"British Lion" uma grata surpresa

Quando foi anunciado que Steve Harris lançaria seu 1° álbum solo, muitos temeram o futuro da Donzela (Iron Maiden), pois quando Bruce Dickinson anunciou sua saída do Iron Maiden em 1993, era justamente por causa de seus projetos solos, e com o anúncio do projeto do "chefão" alguns já estavam prevendo o fim da banda.

Porém isto foi desmentido pelo próprio Harris, deixando os "Maiden maníacos" mais tranquilos. Todos foram pegos de surpresa com o anúncio do lançamento de "British Lion" (2012), que realmente não era esperado e a dúvida que permeava era "como será a sonoridade do álbum"? Algo similar à sua banda ou algo mais experimental e atual como o projeto do guitarrista Adrian Smith? Pois bem, nenhum e nem outro, "British Lion" apresenta uma sonoridade mais retrô calcado no Hard Rock setentista, com algumas influências do AOR, com sonoridades ambientais e progressivas. 

Para quem não sabe essas músicas foram compostas em meio de muitas turnês do Iron Maiden, e que agora chega aos fãs, e que posso dizer que é uma bela surpresa. Apesar das diversas influências que o álbum contem, não teria como não mencionar o apelo comercial que ronda as composições, pois o vocalista Richard Taylor apresenta um tom de voz "suave", porém muito característico, que deixa as composições mais acessíveis.

Steve Harris: um dos músicos mais influentes da cena, lança seu 1° trabalho solo

Desde o primeiro momento que você ouve "British Lion" as músicas grudam em sua cabeça, devido a este apelo comercial que o álbum apresenta, a faixa de abertura "This Is My God" não mostra realmente a cara do álbum, deixando aquela impressão de um Rock Alternativo sem muitas novidades e sem apelo comercial,  apesar das melodias que apresenta e do baixo sempre presente e pulsante de Harris. Ali já podemos notar o quanto a voz Richard deixa a faixa acessível.

Porém "Us Against The World" apresenta belas melodias e um refrão grudento, que não sai da cabeça, mas vale ressaltar a veia mais "Priestiana" da faixa, com ótimos riffs, o baixo de Steve bem na "cara" e uma bela variação entre as partes rápidas com as mais cadenciadas.



Mas lembra quando mencionei a questão mais comercial que ronda o álbum? Pois é, faixas como "A World Without Heaven" e "Eyes Of The Young" mostram esta faceta, composições leves e muito bem feitas, porém com uma construção musical grudenta, que faz você ficar com elas na cabeça por horas, sem contar os refrões contagiantes e de fácil assimilação para sair cantando mesmo.

De um modo geral o álbum não decepciona e está longe de ser ruim, mas com certeza muitos fãs de Maiden irão torcer o nariz, o que é normal, pois realmente para ouvir o álbum tem que ter a mente aberta e não deixar se levar por rótulos, porque o que ouvimos em "British Lion" são composições de muita qualidade.


Texto e Edição: Renato Sanson
Fotos: Divulgação

Acesse e conheça mais o projeto

Formação:
Steve Harris (baixo)
Richard Taylor (vocal)
David Hawkins (guitarra, teclados)
Grahame Leslie (guitarra)
Simon Dawson (bateria)

Tracklist:
01. This Is My God
02. Lost Worlds
03. Karma Killer
04. Us Against The World
05. The Chosen Ones
06. A World Without Heaven
07. Judas
08. Eyes Of The Young
09. These Are The Hands
10. The Lesson

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